Você já parou para pensar na relação entre burnout e férias? Atualmente, é cada vez mais comum encontrar pessoas que estão se sentindo esgotadas. Inclusive, muitos empregadores relatam que seus colaboradores estão enfrentando uma crise de esgotamento.
Com a pandemia, muitas famílias passaram por um longo período em isolamento, sem a possibilidade de viajar. Essa mudança na rotina certamente contribuiu para o maior foco no trabalho e, consequentemente, na menor priorização dos momentos de lazer.
Com as pessoas trabalhando de suas próprias casas, acabaram encontrando dificuldades para estabelecer limites entre o horário de trabalho e o de lazer e descanso.
Mas e o que as férias têm a ver com tudo isso? Preparamos um artigo completo para você entender melhor essa relação – e sentir vontade de pegar a estrada para a próxima viagem de férias hoje mesmo! Vamos nessa?
O que é Burnout?
Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estresse crônico, a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é um distúrbio emocional resultante de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita responsabilidade ou competitividade.
A principal causa da Síndrome de Burnout é justamente o excesso de trabalho, sendo comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão.
Entre os principais sintomas estão:
- Má qualidade de sono
- Irritabilidade
- Desânimo
- Pensamentos intrusivos
- Falta de vontade de ir para o trabalho
Essa síndrome pode resultar em um estado de depressão profunda, e por isso é essencial buscar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas.
Qual a relação entre as férias e o burnout?
Infelizmente, tirar férias não soluciona o problema do burnout. Afinal, a tendência é que, após algumas semanas do regresso ao trabalho, os velhos hábitos ruins voltem, colocando a saúde e a sanidade mental em risco.
Por isso, as férias não devem ser vistas como um remédio, mas sim como parte da vida e da rotina. Sabe a velha frase “melhor prevenir do que remediar”? Esse é o raciocínio.
As férias têm um papel muito importante na vida do trabalhador, pois são ótimas para repor as energias e quebrar a rotina do dia a dia. Os períodos de descanso devem ser tão valorizados quanto os de trabalho – um não deve se sobressair ao outro, mantendo um equilíbrio que favorece a saúde mental.
Você deve estar pensando “mas só tenho férias uma ou duas vezes ao ano!”, certo? É aí que os finais de semana e os feriados têm vez. Assim como nas férias, é preciso valorizar esses outros dias de descanso.
Existem diversas opções de viagens curtas que podem ser realizadas em 2 ou 3 dias, sendo a opção ideal para quem deseja “se desligar” do trabalho, espairecer e prevenir problemas maiores, como o burnout.
Reforçamos que as férias, os finais de semana e os feriados não são a solução para o burnout, mas sim uma forma de prevenir esse problema que tem se mostrado cada vez mais frequente em uma sociedade que valoriza o trabalho excessivamente.
Segundo pesquisa da International Stress Management (Isma-BR), 32% da população economicamente ativa do Brasil sofre de sintomas de burnout. O estresse e a sobrecarga de trabalho são um dos principais fatores que desencadeiam esse quadro e devem ser reduzidos pelas organizações.
As férias remuneradas, além de serem uma garantia legal para os colaboradores, impactam positivamente o bem-estar no trabalho, a produtividade da equipe e o clima organizacional da empresa. Confira o conteúdo que produzimos e entenda mais sobre a importância das férias para o negócio e como planejá-las para não comprometer o dia a dia da equipe!
O que são as férias remuneradas?
As férias remuneradas são um direito assegurado aos trabalhadores formais no Brasil. A Constituição Federal estabelece em seu artigo 7º, inciso XVII, que é direito dos trabalhadores o “gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal”.
Dessa forma, todos os colaboradores que têm registro CLT podem usufruir de 30 dias de descanso remunerado após 12 meses de trabalho. Além disso, a Reforma Trabalhista de 2017 permitiu o parcelamento dessas férias em até três momentos, respeitando as seguintes regras:
- Um deles precisa ter obrigatoriamente 14 dias corridos ou mais;
- Nenhum deles pode ter menos de 5 dias corridos.
Qual a importância das férias remuneradas?
A saúde mental dos colaboradores passou a ser uma questão ainda mais relevante para as organizações após a pandemia da Covid-19. A atenção com o bem-estar das pessoas colaboradoras e a adoção de práticas para melhorar o clima organizacional visam reduzir o estresse, esgotamento e impactos emocionais negativos na equipe.
As restrições geradas pela pandemia e a implementação do trabalho remoto, que foi introduzido na realidade de muitos profissionais de forma abrupta, aumentaram a ansiedade e o estresse entre os colaboradores. A sobrecarga de trabalho e o desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional se tornaram um problema para muitas pessoas, exigindo ações e boas práticas das organizações.
Apesar das férias remuneradas serem uma garantia legal para os colaboradores, é fundamental que as lideranças reconheçam sua importância e incentivem essa prática entre os profissionais da equipe. Esse período de descanso garantido por lei é indispensável para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável.
Ainda assim, é comum que profissionais adiem as férias por longos períodos ou negociem de maneira informal esse período de descanso. Além dessa prática de “venda” das férias ser ilegal, tem um impacto negativo na performance e bem-estar dos colaboradores e não deve ser incentivada pelas lideranças.
Dessa forma, os líderes devem reconhecer as férias como um período positivo tanto para os colaboradores quanto para a produtividade do negócio. Ao incentivar esse período de descanso, a empresa estará investindo no seu principal ativo e diferencial competitivo: as pessoas colaboradoras. Confira, então, os benefícios das férias para o time e para a organização!
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