Park Office | 8 de dezembro de 2022
Gestão e Liderança
Faz cálculos e ajuda na elaboração de projetos de construção: estamos nos referindo a um profissional da Arquitetura ou da Engenharia Civil? Se você não soube responder com certeza, não se preocupe, porque essa dúvida é bem mais comum do que imagina. Afinal de contas, as semelhanças que esses cursos apresentam podem causar bastante confusão na hora de escolher a carreira a seguir. Que tal esclarecer suas dúvidas agora?
Antes de mais nada, é preciso entender que cada curso se propõe a formar profissionais com características particulares, capazes de atuar em atividades específicas. Pensando nisso, explicaremos aqui as características de cada um e as diferenças entre eles, para que você consiga escolher o que se encaixa melhor em seus objetivos, ok?
Basicamente, o objetivo do curso de Arquitetura e Urbanismo é formar profissionais capazes de planejar e desenhar espaços urbanos e construções, considerando para isso aspectos históricos, culturais, estéticos e funcionais envolvendo as pessoas e o meio ambiente.
Já o curso de Engenharia Civil objetiva capacitar profissionais para projetar e executar obras — como edifícios, pontes, rodovias e assim por diante. O engenheiro civil é responsável, assim, por gerenciar e acompanhar o processo da obra.
O MEC exige que ambos os cursos tenham carga horária mínima de 3.600 horas, incluindo estágios supervisionados. Na prática, porém, essa duração pode variar de acordo com a faculdade. A maioria das instituições distribui esse tempo ao longo de 5 anos, totalizando 10 períodos.
A grade curricular de Arquitetura e Urbanismo é composta por disciplinas como:
Para atuar como arquiteto ou engenheiro civil, é preciso obter diploma reconhecido, em uma instituição credenciada pelo MEC. A diferença é que o arquiteto deve solicitar registro profissional no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) na região onde atua, enquanto o engenheiro deve ser registrado no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
O arquiteto está apto a projetar e coordenar construções e reformas. Esse profissional determina, por exemplo, quais serão os materiais usados na obra, como será a iluminação, que cores usar e demais aspectos estéticos e funcionais dos ambientes. Confira algumas opções de atuação para a área:
arquitetura de interiores: nessa função, é possível atuar planejando a distribuição dos elementos internos de uma obra — como os móveis de uma casa;
arquitetura industrial: nesse caso, você pode trabalhar projetando instalações industriais para melhorar a segurança e a funcionalidade das fábricas;
restauração de edifícios: nessa atividade, o profissional planeja a recuperação de construções deterioradas — como patrimônios históricos e públicos;
desenvolvimento urbano: nesse setor, trabalha-se planejando uma região urbana, analisando a distribuição das ruas, avenidas, sinalizações, construções e assim por diante.
O engenheiro, por outro lado, pode trabalhar com construções civis, estruturas e fundações, geotécnica, hidráulica, infraestrutura e saneamento. Enquanto isso, o arquiteto gerencia equipes e supervisiona o processo de construção de um edifício. Veja outras opções:
construção civil: nessa área, o profissional planeja e gerencia obras — como pontes, estádios, edifícios, aeroportos e por aí vai;
recursos hídricos e saneamento: aqui, trabalha-se com obras como barragens, canais de água e esgoto, sistemas de irrigação, reservatórios e assim por diante;
infraestrutura e transporte: nesse âmbito, o trabalho é focado em obras como túneis, ferrovias e viadutos.
De acordo com uma pesquisa recente do CAU, o Brasil contava com aproximadamente 143 mil arquitetos e urbanistas em atuação e 20 mil empresas do segmento funcionando até 2016. E o mercado está em constante expansão.
Hoje em dia, os arquitetos podem atuar em órgãos públicos, construtoras e escritórios de arquitetura ou mesmo abrir a própria empresa para obterem mais vantagens, participando de licitações e se tornando mais competitivos.
Por outro lado, existem aproximadamente 273 mil engenheiros civis ativos no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA). Por ser um mercado de ampla atuação, o engenheiro encontra diversas oportunidades, podendo atuar em construtoras, escritórios de engenharia, indústrias e órgãos públicos, além de também poder abrir sua própria empresa.
Ambos os mercados (assim como muitos outros) flutuam de acordo com a situação econômica do país. Com a ocorrência de grandes eventos esportivos, como a Copa e as Olimpíadas, por exemplo, houve no Brasil uma grande demanda tanto por engenheiros como por arquitetos. Já quando a economia enfraquece, as demissões aumentam.
No entanto, vale lembrar que essas oscilações não são motivos para desânimo. Afinal, por serem profissionais essenciais para o desenvolvimento do país, sempre haverá demanda — pelo menos é isso o que afirma Murilo Pinheiro, presidente da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).
Como a Arquitetura envolve aspectos estéticos dos espaços, é necessário que o arquiteto tenha criatividade para desenvolver obras ao mesmo tempo elegantes e funcionais, beneficiando as pessoas e causando o mínimo de impacto possível ao meio ambiente.
Por isso, é preciso entender fatores históricos, sociais e econômicos envolvidos, além de dominar a Geometria, ter boa habilidade para desenhar, noção espacial e saber usar sistemas tecnológicos.
Diferentemente, a Engenharia Civil foca na área de exatas, capacitando o aluno para realizar cálculos, lidar com Física, Química e disciplinas relacionadas. Como o engenheiro não estuda as disciplinas de humanas tanto quanto os arquitetos, é preciso gostar das matérias de exatas e buscar desenvolver sua expertise com base nelas.
Tanto arquitetos como engenheiros podem trabalhar no planejamento e na execução de obras, mas desempenhando tarefas diferentes. Enquanto um arquiteto considera aspectos históricos e artísticos para projetar, por exemplo, o engenheiro se concentra na execução, analisando fatores físicos, químicos e matemáticos relacionados.
Além disso, cada profissão segue linhas de especialização distintas. Somente arquitetos podem trabalhar com obras de restauração de patrimônio histórico, por exemplo. Da mesma forma, apenas engenheiros podem atuar na construção de pontes, viadutos e estradas.
Como você pode perceber, o arquiteto tem uma atuação mais humanística, lidando com a parte estética e funcional dos espaços. Já o foco do engenheiro está na parte técnica, considerando cálculos estruturais e o comportamento dos materiais.
É preciso levar tudo isso em conta para se decidir entre os cursos! Defina qual é a atividade pela qual tem mais interesse, pense se você se identifica mais com a parte visual e estética, se acha legal ter que considerar fatores históricos e sociais ou se prefere uma atuação mais mão na massa, lidando com a execução.
Com essas informações, fica fácil entender que as profissões são complementares, não é mesmo? O arquiteto trabalha mais a parte artística e social da obra, enquanto o engenheiro está voltado para o processo de construção em si. Considere esses aspectos para se decidir! Dessa forma, você terá mais chances de escolher o curso certo e seguir uma carreira de sucesso!
Se você é profissional de uma dessas áreas, conheça os planos e benefícios que o Park Office tem. Ainda oferece convênio com descontos. Basta acessar www.parkoffice.com.br
Veja mais artigos Economia de tempo e dinheiro, escritórios virtuais estão em altaEscritórios Inteligentes: Coworking ou Escritório Virtual?Escritórios Inteligentes: Coworking ou Escritório Virtual?